O dando voz hoje bate papo com a super Nyna Cardoso, pesquisadora, modelo, dramaturga e oficineira entre outros talentos.
Dando Voz – Nyna Cardoso
Nyna Cardoso, pesquisadora, modelo, dramaturga e oficineira entre outros talentos, compartilha conosco como utiliza da própria arte para se descobrir, curar, aceitar e se encontrar.
Entrevista
1- Quem é a Nyna?
Sou eu! Sou a Nyna Cardoso. Virginiana com ascendente em gêmeos, lua em libra e Vênus em Leão. Nascida e crescida em Planaltina-DF no dia 11 de setembro de 1999. Sou linda, inteligente, atenciosa, verdadeira, batalhadora, comunicativa, criativa, sonhadora e aventureira. Gosto de uns drinques, ver séries, sair com os amigos, viajar e banhar de cachoeira. Atualmente, sou estudante de artes cênicas na Universidade de Brasília.
Profissionalmente sou atriz, poetisa desde pequena quando escrevia para me expressar, pesquisadora, modelo, dramaturga e oficineira. Atualmente tenho interesse também na área da performance, de zines e do grafite. Em 2019, apresentei os espetáculos: “Um Sopro de Vida” do dia 15/11 a 24/11 no Espaço Semente e “Quando eu quero eu viro bicho”, a qual fui atriz e também participei da dramaturgia, apresentado no Departamento de Artes Cênicas (Sala BT 16) nos dias 2 e 5 de dezembro de 2019.
2- Como foi o processo para se descobrir artista?
Acredito que a arte sempre esteve muito presente na minha vida. É a minha expressão, o que me faz me sentir viva. Na infância eu era bem tímida e encontrava na escrita a minha maneira de me comunicar, então escrevia desabafando e aos poucos fui pegando gosto, até ir me encontrando. Quando eu era pequena, gostava de dançar com minhas primas assistindo a Glô Beleza, me divertia me desafiando e me aventurando.
Queria ser atriz e modelo desde pequena, me via nos comerciais de TV mesmo sendo tímida e com o decorrer do tempo, essas vontades foram se ofuscando mesmo eu estando em grupos teatrais de igreja ou em apresentações escolares (que não eram experiências tão tranquilas). Quando fiz 17 anos recebi o convite de uma amiga para participar de um grupo teatral chamado Coletivo do Oprimido, aqui na cidade de Planaltina-DF.
De início tive receios, mas acabei indo e me descobrindo cada vez mais enquanto artista nesse grupo, além de me reunir com fotógrafos locais para fazer ensaios autorais e ir desenvolvendo esse amor pela área da moda. Minha vida sempre foi bem agitada. Amo fazer os exercícios teatrais, olhar no olho e criar conexões. Sempre gosto de me reinventar e encontrar novos horizontes e participar de processos criativos porque me faz me sentir arrepiada, realizada e feliz.
Um Sopro de Vida (Teatro)Um Sopro de Vida (Teatro)
3- Já teve alguma decepção quando iniciou?
Entendo que a decepção faz parte, assim como a superação. Ser artista não é só o “glamour” mostrado. Recebi e ainda recebo muitos “nãos” , pois estou ainda no corre, tentando conseguir alcançar meus sonhos e objetivos. Minha ambição sempre esteve presente assim como utilizo da própria arte para me descobrir, curar, aceitar e encontrar nesse caminhos também os prazeres pessoais como o contato com a natureza e com a verdade que há em mim, o que torna esse caminho mais prazeroso de se trilhar e de se reinventar, para não desistir em meio as adversidades , mas encontrar nelas outras possibilidades, oportunidades e quereres.
4- Qual seu maior sonho?
Eu tenho muitos sonhos, dentre eles está o sonho de ser reconhecida e valorizada pelo que faço, ser próspera, abundante e feliz. Viver bem, ser uma referência para pessoas que assim como eu, muitas vezes não acreditava que seria possível , assim como a Taís Araújo é minha referência de atriz e me inspira e motiva desde pequena quando fazia o personagem Helena na novela “Viver a Vida” e eu me identificava quando a via na TV.
Espetáculo “Quando eu quero eu viro Bicho” em 2019
5- Você lançou nesse mês um E-book Digital coletivo junto com @dramaturgiasnegras. Como foi essa experiência para você? Qual foi sua inspiração?
Com o E-book Dramaturgias Negras, fui autora do texto “O Corpo Diz- É necessário saber de onde vim para saber pra onde vou”, tive a oportunidade de estar junto com outros artistas desse Brasil, nos reunindo e nos aventurando a escrever sobre narrativas através dos nossos olhares, assumindo o protagonismo de nossas vidas e liberdade criacionais.
Essa experiência para mim foi maravilhosa, realizei escritos interdependentes , com presença marcante da identidade, ancestralidade , representatividade negra e lgbtqia+, com muitas poesias e com uma carta que havia feito para minha mãe há um tempo atrás que resolvi reinventar e colocar nesse contexto da personagem principal criada no texto chamada Yalodê (esse nome me inspirei em uma amiga maravilhosa).
Agradeço à mim, aos outros artistas envolvidos por tantas trocas e respeito com o trabalho, à Fundação Marcopolo, e principalmente ao Diego Ferreira, mestre que nos conduziu com tanto compromisso, leveza e verdade. Quem quiser ler está disponível em @dramaturgiasnegras e para acompanhar mais os meus trabalhos me segue nas redes @nyna__cardoso.
6- Você é uma mulher talentosa e inspira muita gente, qual conselho você deixa para os jovens?
Eu quero que entendam que quando se faz algo com amor, quando se busca o prazer na realização, na arte encontramos os caminhos que vão nos direcionando à realização profissional. Se conheça, leia bastante, observe, vá se permitindo, descubra quais seus sonhos e escreva num papel para ir vendo o que você vai fazendo diariamente para alcançar, encontre suas bases e forças também, suas bases de suporte seja na música ou em um abraço amigo. Ser artista é ser humano.
Nyna Cardoso faz parte do casting de modelos do Desfile Beleza Negra, projeto cultural voltado a formação de modelos negros e sua inserção no mercado da moda, projeto idealizado pela produtora de moda Dai Schmidt.
Acompanhe também o trabalho da Nyna Cardoso em seu canal do youtube (AQUI).
O quadro dando voz em parceria com o Desfile Beleza Negra trará histórias reais de autoestima, motivação e superação.
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