Escovas Ácidas: Perigo Para A Saúde Capilar

As famosas escovas para alisamento dos fios podem causar danos severos tanto ao cliente quanto para o profissional.

Escovas Ácidas: Perigo Para A Saúde Capilar

Na internet existem inúmeras receitas milagrosas para deixar os cabelos lisos e macios. Algumas são com misturas de produtos cosméticos. Outras, com alimentos. As mais ousadas são um mix de ambos: cosmético e alimento.

Quem tem medo do que essas misturas podem fazer, acaba optando pelo alisamento tradicional, realizado no salão de cabeleireiro, por um profissional. Isso passa a sensação de segurança – mas nem sempre deveria.

Atualmente, os alisamentos mais comuns aos cabelos são as escovas, e tem de todos os tipos possíveis e imagináveis. Antes, era apenas a “escova progressiva”. Agora, é possível encontrar inúmeras opções, como a inteligente, a marroquina, de chocolate, botox. Além do que, muitos procedimentos vendidos como selagens e hidratações, também são feitos com produtos alisantes. O céu é o limite!

Segundo o médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior, “todas elas possuem dois pontos em comum: anunciam o brilho e liso perfeito como benefício, e escondem que são ácidas”. E esse é um grande problema para os fios.

O formol, ou formaldeído, apesar de proibido há mais de uma década, é um ingrediente frequente nas escovas progressivas. Entretanto, “sua popular ação alisante não garante saúde para os cabelos nem para o organismo”, conta o tricologista.

Após um período de ascensão, o uso do formol teve queda, graças à comprovação de que a exposição ao produto é cancerígena. Isso acontece devido à inalação do vapor do formol, que é tóxico.

“As empresas precisaram encontrar rapidamente um substituto ao formol, tão bom no alisamento quanto ele. E aí surgiram as escovas ácidas. Mas não são apenas as escovas com formol que fazem mal. As escovas ácidas têm ativos precursores de formol que, quando aquecidos (pelo calor do secador ou da chapinha), são convertidos em formol, e causam os mesmos males que o formol causaria se fosse colocado isoladamente em produtos para alisamento”, explica o profissional.

Como saber se a escova é ácida?

O ideal, antes de definir qual procedimento será feito no cabelo, é questionar a acidez da fórmula. quanto menor o pH, mais ácida a química é. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é quem determina o pH mínimo e as fórmulas permitidas nesses casos. Até o momento, a Agência proíbe a comercialização de químicos com pH 1.

Resultados do uso da escova ácida

“As escovas ácidas alteram completamente a estrutura capilar: reduzem a força e a elasticidade natural dos cabelos. Para disfarçar esses malefícios, o ácido atua como uma camada protetora, que esconde esses problemas. Essa camada protetora pode ser vista pelo brilho dos fios, alcançado com a finalização do procedimento, sempre com a chapinha”, explica o médico.

Efeitos das escovas ácidas na saúde

Alguns cabeleireiros ainda insistem em usar produtos com formol e seus precursores. Como passam boa parte do tempo expostos, literalmente respirando o vapor que sai dos cabelos com o produto, é inevitável o risco de contrair doenças.

A cliente pode até sair feliz com o resultado do procedimento, mas seus cabelos vão sofrer a curto, médio e longo prazo, e precisarão de muitos cuidados e atenção especializada para se recuperarem completamente. Em alguns casos, o couro cabeludo pode sofrer queimadura, irritação, ardência e queda dos fios.

O profissional pode sofrer enjoos, vômito, desmaios e danos nas córneas, além do risco cancerígeno nas vias aéreas. “É o cabeleireiro que corre o maior risco com o uso desses produtos ao longo da vida. Por isso, escolha bem os produtos que você usa no seu espaço, é uma segurança para os seus clientes e para você mesmo”, aconselha o profissional.

Dr. Ademir C. Leite Jr. – CRM 92.693
(11) 3864-3967 
– https://www.instagram.com/drademircleitejr/?hl=pt-br
http://www.otricologista.com/

Dr. Ademir C. Leite Jr. (CRM 92.693): médico e tricologista. É certificado como Tricologista pela Internacional Association of Trichologists (IAT). Membro e diretor da IAT. É Diretor Científico do CAECI Educacional, Consultor de desenvolvimento de cosméticos e suplementos nutricionais, além de ser Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP. Autor dos Livros: “Como Vencer a Queda Capilar”, publicado em 2012 pela CAECI Editorial, “Socorro, Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora Summus, “Queda Capilar e a Ciência dos Cabelos”, de 2013, publicado pela Editora CAECI, “Reflexões sobre Psicossomática e a Queda Capilar”, em 2019, pela Editora CAECI e seu último lançamento “Temas atuais em Tricologia” lançado pela Editora CAECI.

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